Redes sociais como alavanca da imagem do agro

A mobilidade da informação é um cenário sem volta e que pode ser visto como grande oportunidade de promoção de marcas, o que já acontece. As redes sociais são as principais responsáveis pela rapidez com que dados, fotos, notícias e propagandas circulam pelo mundo. Uma propaganda gratuita, e que se bem explorada pode ser a diferença entre os holofotes e o esquecimento de um produto ou marca.

O agronegócio nas redes sociais foi um dos temas abordados por especialistas em comunicação e marketing durante o 10o Congresso Brasileiro de Marketing Agronegócio da ABMR&A, realizado em São Paulo, no final de agosto.

“O campo brasileiro, pela sua importância e benefícios à economia e sociedade, precisa ser mais valorizado e atuar mais fortemente em marketing e comunicação” a declaração é de Luiz Lara, da Lew Lara da TBWA, agência responsável pela recente campanha da Friboi. “Precisamos ser criativos e usar as novas plataformas de mídia”, aconselhou Lara durante o evento.

O publicitário lembrou-se da criação da marca Sadia, que, mesmo durante a crise que passou recentemente, não deixou de vender, porque “o consumidor brasileiro conhece, gosta e confia na marca”. “Temos que criar marcas fortes no agronegócio”, enfatizou, pedindo mais exposição às marcas do agro, como recentemente fizeram as campanhas do Etanol e Friboi.

Falando sobre o fenômeno das mídias sociais no Brasil, segundo maior usuário do Facebook, por exemplo, Lara falou da importância do setor também usar essa plataforma, que conecta as pessoas com as marcas.

No final, citou a campanha Sou Agro, classificando-a como “uma iniciativa muito relevante”. Para ele, comunicação não vive só de inovação e criatividade, mas também de persistência. “Para fazer um bordão pegar, temos que acreditar e insistir nele. O trabalho tem ser contínuo e retroalimentado; e verdadeiro, para o consumidor acreditar”, ensinou.

O diretor de conteúdo do Canal Rural, Júlio Cargnino, falou sobre o desafio de construir conteúdo com credibilidade e relevância e em que as marcas estejam integradas. “Publicidade e conteúdo andam juntos. Se não há credibilidade com relação ao conteúdo do veículo, nenhum anunciante vai colocar sua marca lá”, diz.

Interação entre as mídias sociais e a plataforma tradicional de conteúdo também é importante, na opinião de Cargnino. Segundo ele a maioria do público que acessa o portal da emissora, “ruralbr”, chega via Facebook do canal. “Mídias sociais não funcionam sozinhas, funcionam como um hub de produção, impulsionando as outras”, concluiu.

Sustentabilidade e credibilidade

Um exemplo de ideias inovadoras vem da Brasken, empresa criada a partir da Odebrecht e Petrobrás que inovou ao lançar um polietileno a partir da cana-de-açúcar. Uma fonte renovável, em alternativa ao petróleo. Hoje este material é usado em embalagem de iogurtes, sabonetes, defensivos agrícolas e protetores solares. As embalagens são identificadas com o selo I’m Green.

José Luiz Tejon, da consultoria TCA e coordenador do núcleo de agronegócio da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), apontou como o uso do marketing sensorial e da rastreabilidade de produtos podem ser importantes ferramentas para que o agronegócio agregue valor a seus produtos e deixe de ser apenas um produtor de commodities.

“O consumidor final está cada vez mais preocupado com sustentabilidade e a origem dos alimentos. Quando você tem uma boa história deve contá-la… mostrar a origem do produto. É inteligente e vendedor”, aconselhou.

* Com informações da ABMR&A

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